MÃOS QUE FALAM
 
Carente busca, num desassossego,  
em vão percorrem a cama tão fria,
buscam minhas mãos por teu apego,
buscando-te em terrível agonia.
Então minhas mãos, a guisa de acalento,
enxuga as lágrimas que dos meus olhos sai,
teu nome na janela,risca, como alento,
na vidraça umedecida pelo orvalho que cai.
E numa imaginária e ilusória regência,
bailam no ar as minhas mãos vazias,
lembrando de músicas – reminiscências,
tão inspiradas regem  melodias.
Encontram minhas mãos teu travesseiro,
e o teu cheiro nele entranhado,
 me lembra  que fostes meu amor primeiro,
eu fui o teu amor! sou só passado.
 
*Este texto está protegido por lei. Reservados os direitos autorais.
Proibida a cópia ou a reprodução sem minha autorização.
Visite o meu site:
www.ramos.prosaeverso.net
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=3203 
Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 28/02/2010
Reeditado em 28/02/2010
Código do texto: T2112517
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.