Amanhã
Atrevo-me
Lanço-me no profundo sem olhar para ser absorvido
Medo tenho e cada um deles desfila frente a meu olhar
Errantes são como fui e nem tento disfarçar
Parece escrito e o idioma só você entende
E quando digo profiro e repito
É quase como respirar
Não tão brando e suave como o teu
Não como te divago em cada sonho que mais é
Lembranças de momentos e respiração
Sobre teu peito faz valer cada ação
Faz lembrar do por que estar vivo
E cada centelha de amor que brilha em meu peito
Parece crescer e multiplicar-se pelo ar quase aquoso
Querendo te preencher comigo e te inundar
Saciar desejos e sonhar acordado feito bobo
E me dizes que surge então insegurança e medo
Que o amanhã pode ser diferente e tudo mudar
Pois se já não enxergo o velho Chronos querendo as cartas ditar!
Mas esse jogo é meu e quero jogar
Lado a lado contigo assistir meio pasmo
Cada peça se levantar e tudo mudar
Mas que cada mudança seja boa
E iluminar tudo de forma melhor
Não ter medo de amar
Se entregar, desejar e sonhar
Tudo que quero para no fim da existência
Olhar pra trás sorrir e dizer que fui feliz
Amei a vida
Amei mais que a vida
Amei-te na vida
Desde o momento que percebi que tu eras
E por eras retorna tua imagem a minha frente
Que me fala de solidão
Que tem medo de ficar sozinha
Só pra me fazer sentir a vontade de estar perto maior
E o que é o medo do amanhã?
Quando o esperamos chegar em conversar lentas
Entre declarações despojadas
Lançadas sem medo a teus ouvidos
Para refletir em teu rosto um sorriso
Daqueles que de tanta paz me façam dormir
E que medo do amanhã eu tenho, meu amor?
Se dele me aproprio e grito alto propriedade
Pertence-me e controlo desajeitado mas sem deixar cair
E se o sentir não se controla?
Nasce do mistério e de lugares que nem me lembro
Nascerá de mim pra ti
Nascerá de ti pra mim
Hoje, amanhã e sempre
Pois quero eternizar
Quero gravar pra sempre cada segundo e cada momento
Eternizar-te em mim
Para findar o medo do amanhã
Ame a mim
Pois quero amar-te
E a cada dia amo mais e mais