Como Eu venho…

Duma forma simples

Descomprometida

E despida

De qualquer tipo de complexidade

Pois esse é um segredo

Meu e só meu

Que me garante a solidão duma espécie de eternidade

Trago nos meus braços a saudade do que perdi

Do que vou alcançar

Do que sonho

Daquilo que ambiciono realizar

Lendo velhos textos

Meus e de alguém como eu

Que se perdeu no tempo

Gasto a demasiado amar

Sem saber que quando embarcamos em certas naves do amor

Pode ser uma viagem da qual

Não iremos voltar

E as palavras são e serão para mim uma espécie de firmamento

Estrelas ou luas às quais sei que posso chegar

Bastando para tal imaginar

Imaginar o impossível

Crer que sou feito da mesma essência

Do Invisível

Da mesma matéria das estrelas

Porque todos temos que ter uma estrela de alva

Uma luz que nos guie

Um motivo para continuar

Depois de termos caído

Um motivo para continuarmos a amar

Depois do amor nos ter ferido

Uma espécie de fé

Que só nós e o nosso Amor parecem entender

E assim venho com tudo para te dar

Venho com um nada

Se tal não quiseres aceitar

Venho com o pensamento em Ti

Simplesmente porque há pessoas que amam demasiado tudo

Felizmente que há pessoas Assim…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 27/02/2010
Código do texto: T2110613
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