Um Fogo Perdido…
Quem será que o viu?
Na noite, ou no despontar da madrugada
Essa chama é
E será Sempre Sagrada…
E as moças cantam na praça intemporal
Um espaço nosso, dos nossos antepassados, daqueles que nos irão suceder
Pois nestas coisas do amor
Convém por vezes ser simples
Dado a eternidade estar ao virar da esquina
Não haver tempo a perder…
À volta dessa luz
Que tanto pode ser um chamamento
Ou o tal amor a despontar
Vindo de lágrimas
De quem foi
E não pensa mais em regressar…
E eu tenho tanto para contar
Dos mundos que fiz, que vi
Em viagens mágicas
De uma ternura
Impossível de explicar
Traduzida apenas em imagens
Que te darei infindavelmente
Numa carta
Que nestes tempos de modernidade
É uma mensagem electrónica
Impossível de manchar
Pelas tais lágrimas que caem
Por saber
Não sabendo que
Irás estar comigo
Num segredo só nosso…
Fogo Perdido…