EU TE AMO

nunca existi no tempo

nunca deixo de amar

sou imune ao tempo

cada dia é como ontem

e futuro nao rir muito

um som de flauta triste

emenda as horas

que estica

numa lânguida expectiva do esquecimento

vou indo em direção

ao sol e me desfazendo das coisas

dó-me os os passos

o tempo dissolve os tropeços

o passado tem o peso do mar

e a importancia do mar

as águas me escorrem às escondidas

saudade aqui não é um sentimento

é um lugar

é uma cidade imensa e desconhecida

os homens andam como se soubesse de seus destinos

a mentira é o segredo e sua força

seu andar é uma simulação

esses homens nem perna tem

eles flutuam empurrados por misterios insondáveis

ninguem anda com tanta força

desconfio tanto desse mundo

esse mundo não tem alma

esperto é meu cachorro que so come e late

o vento passa lá no céu

não o vejo

mas sei pelas nuvens que passam

vejo a natureza dos dias pelo efeito que me causa

pelo que sinto..

e as vezes pela pela esperança que me nega

o sol me engana um pouco durante os dias

precisamos respirar

por isso nos contentamos com a esperteza da natureza

as criancas não sabem de nada

ou sabe e nao dá importancia

essa forma tao sofisticada de nao saber

tenho estado longe e,

os bares dessa cidade nem bebado tem

tem fingidores

que bebem por estética

um script moderno toma conta das coisas

o mundo dos iguais é o mundo da solidão

os sorrisos fabricados vendem em qualquer esquina

fabricas de sorrisos fez da cidade ao lado uma potencia da alegria

não te vejo meu amor

eu não te vejo nunca

te encontro quando sou seu espelho

ser invisivel seria uma qualidade espantosa se não doesse tanto...

os gregos continuam a me cortejar

por isso gosto da noite

é fria

mas nela meus pés pisam forte

tenho medo do dia

isso sim!

do que está do horozonte pra cá

estou em busca da Lua

sigo as nas noites de LUA

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 27/02/2010
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