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Estou me habituando

A ver seu nome em minha caixa postal

E dentre tantos e-mails que ando recebendo

O seu tornou-se algo muito pessoal

E todos os dias isso me domina

De uma maneira tal

Que nem sei onde começa e termina

A tênue linha que separa o real do virtual

Que coisa complexa é essa mania

Que toma conta da gente,

Será que Freud explicaria

Esse hábito tão incoerente?

Como posso sentir saudade

De alguém que nunca vi?

São apenas palavras na verdade,

Que despertam esse louco frenesi!

Olha aqui, pessoa em forma de tela,

Trata logo de aparecer no real

Senão meu coração se desespera

E eu posso morrer desse mal!

Sônia Maria Grillo

(Baby®)

15.12.2003

Vitória-ES

Baby
Enviado por Baby em 07/08/2006
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