Ainda Não?
Ah! Que pena! Você não vai me surpreender...
Acho que, ainda, não será dessa vez, que a gente vai acontecer.
Você continua no seu esconderijo,
Cada vez mais sem sentido...
Marcando passo,
Afrouxando o laço...
Atrás das mesmíssimas paredes,
Tão inconsequentes,
Quanto inexistentes.
Você emaranhou-se em suas próprias redes...
A diferença é que aprendi a lição:
Não tiro mais o pé do chão.
Em se tratando de você,
É preciso esperar para ver...
É de domínio público a sua insegurança,
A sua resistência ao meu tipo de dança...
Aberta, livre, escancarada,
Incerta, leve, desvairada...
Você não consegue sair do quadrado,
Do, castradoramente, condicionado.
Ah! Se você soubesse como a vida pode ser grandiosa,
Se você não desprezasse a rosa,
Por temer os espinhos...
Seria bem mais intenso o seu caminho.
Quero lhe mostrar lugares novos.
Confesso que já preparei os mentais fogos...
Nosso encontro
Será um mergulho rumo a um novo ponto.
E se eu lhe disser que os espinhos são fictícios,
Oriundos, exclusivamente, dos seus falecidos princípios?
E se eu lhe provar
A infalibilidade de decolar?
Saia de trás de sua timidez.
Permita-se entrar em fluidez...
Vamos! Feche os olhos e me toque.
Permita que meu desejo seja sua sorte!
Não tema o arrepio,
Sempre estivemos sobre um estreito fio.
Aninhe-se em meu corpo aberto.
Relaxe...
Repare-se...
Vamos construir o nosso certo,
Sob um encantado teto!