Ainda Não?

Ah! Que pena! Você não vai me surpreender...

Acho que, ainda, não será dessa vez, que a gente vai acontecer.

Você continua no seu esconderijo,

Cada vez mais sem sentido...

Marcando passo,

Afrouxando o laço...

Atrás das mesmíssimas paredes,

Tão inconsequentes,

Quanto inexistentes.

Você emaranhou-se em suas próprias redes...

A diferença é que aprendi a lição:

Não tiro mais o pé do chão.

Em se tratando de você,

É preciso esperar para ver...

É de domínio público a sua insegurança,

A sua resistência ao meu tipo de dança...

Aberta, livre, escancarada,

Incerta, leve, desvairada...

Você não consegue sair do quadrado,

Do, castradoramente, condicionado.

Ah! Se você soubesse como a vida pode ser grandiosa,

Se você não desprezasse a rosa,

Por temer os espinhos...

Seria bem mais intenso o seu caminho.

Quero lhe mostrar lugares novos.

Confesso que já preparei os mentais fogos...

Nosso encontro

Será um mergulho rumo a um novo ponto.

E se eu lhe disser que os espinhos são fictícios,

Oriundos, exclusivamente, dos seus falecidos princípios?

E se eu lhe provar

A infalibilidade de decolar?

Saia de trás de sua timidez.

Permita-se entrar em fluidez...

Vamos! Feche os olhos e me toque.

Permita que meu desejo seja sua sorte!

Não tema o arrepio,

Sempre estivemos sobre um estreito fio.

Aninhe-se em meu corpo aberto.

Relaxe...

Repare-se...

Vamos construir o nosso certo,

Sob um encantado teto!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 26/02/2010
Reeditado em 26/02/2010
Código do texto: T2108228