A solidão que outrora, era tida; doce ventura,
Nascia na calma d’alma; companheira do vinho e da hora.
Rito de passagem de poetas; logo deixada sem perdura,
Transfundia romances e mazelas de amores deixados fora
 
Neste século de odres de vinhos amargos e licores sem têmpera,
A solidão nasce na multidão, parceira da desesperança, cria da diáspora
Dos sentimentos, que deixam a pátria do coração e penetram a esfera
Insaciável da necessidade, criando distancias e sofrimentos de quimera.
 
N’alma, a calma é assunto relativo; dado a discussões sem demora,
Logo conduzido ao consultório, onde a solidão é tema e artigo que reitera
Que a resposta esta em bem querer a si e esquecer o que esta fora.
 
Dentre os doutos, as discussões permanecem secas flores de mesura,
E o horizonte feio da humanidade morta, permanece a porta da loucura!
E entre dentes; o sorriso da intolerância é fera, que a humanidade reitera!
 
 

Olimpio de Roseh
Enviado por Olimpio de Roseh em 25/02/2010
Reeditado em 25/02/2010
Código do texto: T2106751
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