Poema ás escuras…
Rápido
Escrevo rápido
Sob a luz artificial
Anseio beijar te! Já! Efusivamente…
Conhecer os teus lábios vermelhos, eternamente…
Despir te nesta cor escura que enfeita o quarto…
A cama no meio, os lençóis estendidos… no chão… pousados sobre mim
A luz começa a fraquejar cada vez mais, gotas de suor formam se nas minhas costas, nas linhas do desejo que arde cada vez mais
Aquela musica, tantas recordações num pedaço de harmonia…
E tu estas presente, deitado sobre o soalho quente
Não existe melhor filosofia que a própria experiência e reconheço agora a verdade do momento
Sou eu, és tu aqui...quase as escuras, tecendo as horas,
Construindo um acto de paixão.
O meu vestido branco já seco da água do mar cheira a maresia, como quisesse preservar para sempre este final de dia.
Levanto a cabeça, continuas a sorrir e a cantar
Escondo me sobre o manto branco, quero esconder o desejo
Preciso de escrever as ultimas linhas, entregar o ultimo sopro á poesia
La fora o sol põe se sobre uma linha vermelha entre o céu e o mar
As portas estão abertas…neste enredo de pura heresia…
Fantasia, não mais a alegria deste bater desenfreado
Deste amar secreto mas sim presente em todas as lufadas de ar
Dia a dia, não quero mais esconder o que sempre senti
Encontro a tua mão á procura do meu corpo
Tocas me, nas mãos, no rosto
Encostas os teus lábios vermelhos ao meu ouvido
Fecho os olhos, já deixei a folha…sorrio
Como é bom sentir te