Muito mais do que um fim…
Longa se torna a espera de Te ver
De para lá do nosso horizonte
De silêncios, de ausências
Saber que algo está a florescer
Numa história interminável
De desconhecido epílogo
Que francamente não me interessa
Desde que quando a cortina da grande peça existencial for corrida
Esteja contigo…
Porque nunca há nem destinos
Nem fim delineados
Quem aceita este tipo de situações
Torna-se num algo alienado
Escravo das vontades dos outros
Que possuem o péssimo hábito
De viver as vidas que não são suas
E de esquecerem que eles são vulneráveis
Nas suas pouco escondidas amarguras…
E eu…
Eu que nunca levo até ao fim a dor
Mas que levo até ao limite o prazer
Na tristeza de o ver morrer
Na alegria de construir logo a seguir
Realidades mescladas com sonhos
Prazerosas
Novos sonhos, novas e renovadas alegrias
Agindo rapidamente e sem demora
Dado a eternidade
Poder ter a duração de um beijo
De um segredo
Mais intimista
De um amor que quero sempre escondido
Pois de um certo tipo de exposição tenho medo
Mas amo-te
Sempre te amarei
Até ao Dia
Em que finalmente vencerei
Das grilhetas da alma
Me consiga totalmente libertar
Fazendo da osmose de Ti e do Invisível
Meu mais supremo
E intocável Altar