Amar, A Quintessência da Alma

Respirar a essência do sentir

E falar das sensações

Do enlace que não sabe o toque das mãos

Neste momento em que guardo das palavras

Os segredos do indizível

De que jeito dizer no verso

Sobre o aconchego do ninho

Sem a força do abraço

Ainda assim vens

Com o requinte do imponderável

Como um botão que desabrocha

Dissonante da flor que o acompanha

È tanto o encanto que sorrio

Apequeno-me na glória de te pertencer

E assim ínfima recosto-me

Neste peito que sabe

As coisas bonitas do imaginário

És perene e me permaneces

E destes absurdos que só os poetas dizem

Digo-te és para sempre

Nesta quintessência de infinitos

Eu te perduro numa forma universal

Onde o corpo é o intangível

Afinal é na alma que te tenho

Assim como o som da criação

Riscas-me em traço célere

Na unidade da emoção

O apelo que aquece as formas do íntimo

É este calor que me molda

É neste ser que arde em essência

Que me transformas

Fazes-me sentir viva e feliz

Pois és todo o céu

Que preciso haver em mim

É na paz do firmamento

É unindo as estrelas

Que ainda soletro o teu nome