Eu a vida e o Poeta

Ele

De palavras ternas com a exatidão do amanhecer

Ignorando as horas madrugadas e dias

Pra escrever

Versos encantadores sobre seus amores

Meio sem jeito sem rimas

Ignorando gêneros, mas, exato nas palavras certas.

Senhor do assunto, das histórias acabadas e inacabadas.

Ultrapassando a distância a saudade a estrada do viver

Sem ritmo sem métrica

Acumulando sonhos e ilusões

Alegrias desencontros frustrações.

Ela

Emana o amor...

Juras encontros sonhos, desencontros.

Escolhas por intuição

À beira do caminho incerto indefinido e livre

Ora momentos de êxtase ora sofrimento

Quase sem entendimento

Do que é certo ou errado

Na ânsia, o desejo ultrapassa os limites do entender.

Seria desumano julgar a vida

Por seus imprevistos

Pelo jeito impetuoso de nos conduzir

E audacioso demais interromper o que está escrito.

Eu? Eu apenas amo o Poeta.

Rio, 24/02/2010 - 20:43

Serenna
Enviado por Serenna em 24/02/2010
Reeditado em 24/02/2010
Código do texto: T2105838