Luz da alma
A lâmpada apagava-se
Refletia-se o negror
Rodeando sobre
A amarga consunção
Do desprezo.
Na tênue luz, a razão
Mornamente acalmava-me
Repousava os grilhões
Que mantinha o desdobrar das penas,
O ardor que inflama o compasso
Das dobras da melancolia
Longe a alma
Que se vá de mim
Abrasar-se num dilúvio
De amor quase naufrago.