O ÚLTIMO BEIJO
No aconchego do meu mundo eu te criei
Dissequei teus sonhos e neles viajei
Criei caminhos e percorri convicto
Esquinas e lacunas onde por vezes tropecei
Mas calma... Eu sempre levantei!
Nos muros que se erguiam pixei teu nome
Fui homem em seus braços
E fora deles perdido, juntava pedaços
Agora, por hora... Silencio!
A cerva viva que floresce lá fora cresceu
Cercou meus muros e meu jardim escureceu.
Calei a caneta num canto esquecida da gaveta
E com borracha de fino trato... Me apaguei!
Sonhar não custa nada. Eu sei.
Mas prefiro só a lembrança do último beijo que te dei!