Nevoeiros de razão...
Sandra M. Julio
Em minhas mãos, apenas a solidão abraça o vazio da emoção...
Insana boca, embriagada pela heresia, tola, a realidade
Boceja nefastos versos de uma teatral fantasia, demente
Ao vozerio da ilusão, desnudo enigma desabrochando
Inferno, no pulsar de horas úmidas pelo enxofre do ódio.
Seixos e abismos se fazem trilhas entre rastros de renúncia.
Emudecida, alma cala silêncios, em poentes de lágrimas.
Apenas um gesto, nômade, repousa nos escombros d’alma,
Naufrago, entre nevoeiros de razão.
Sandra
24/02/10