O MEU ESTRANHO AMOR

O amor que tem reinado nos limites de minhas concretudes;

Possui motivos e atitudes extremamente conturbados;

Atos confusos por todos os lados, alguns afagos e dardos rudes;

Enche meus olhos de açudes e deixa meus ossos quebrantados!

Queria muito ser capaz de compreender esse meu modo de amar;

Que me impele a ter razões para odiar e me convence ser melhor inexistir;

Mas não é forte a ponto de desistir, nem é fraco para se aceitar;

Anoitece disposto a guerrear, mas amanhece sem vontade de ferir!

É um amor doente e complacente, que não perdoa seu perdão;

Ruma numa estranha direção, que claramente lhe aponta ao desatino;

Rasga e reescreve seu destino conforme o badalar do sino da emoção;

Amor que não cresceu com a maturação, porque envelheceu menino!

Um amor que edifica sua paz sobre um ladrilho maltratador;

Cansado do que jamais cansou, aberto ao próprio abismo;

Cicatrizante e incisivo, eletrizante e estupor;

Dono do que lhe escravizou, joio mais legítimo que o trigo!

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 23/02/2010
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