A Descoberta



Eis-me parada,

Entre o princípio e o fim!

Buscando, desesperadamente,

A minha própria identidade.



Encontro-a, ao alcance do teclado,

Procuro o teu rosto, que já conheço,

Anseio pela tua presença, que me perdure.



Já te amei, e quis-te mais,

Mas o futuro permanece,

na nossa incógnita perturbante,

onde a dúvida e a desconfiança,

passaram a ser uma constante!


Ofereci-te o meu amor,

Num geito, quase infantil,

Rendi -me ao encanto,

Das tuas palavras doridas,

Entreguei-me nas lágrimas,

Que chorei por ti!


Eu era tu e tu eras eu,

Fomos a molécula única,

Capaz de gerar tempestades

De gestos e sensações.



Foste a minha aurora,

Quando anoitecia,

Fui a tua alvorada,

Quando findava o teu dia.



Mais do que tudo, quis ser o teu amor,

Quis ser a Vénus, e quis-te meu Marte,

Mas na tua natureza, tão volúvel,

Torna-se dificil, ter-te e amar-te.
Aguarela Matizada
Enviado por Aguarela Matizada em 06/08/2006
Reeditado em 13/06/2010
Código do texto: T210226
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.