Meu Aparvalhado Apocalipse

Como Deus arrebatou João

Para que fosse escrito o Apocalipse

Uma Ordinária-Utopia veio a mim e disse:

''_Tu Agora ficarás sem teu chão

Não terás mais nem água e nem ar

Viverás morto sem teu fogo

Teu amor não será mais em par.

''Estar só'' será em tua manhã como novo

Haverão miragens de tais dedos em teus cabelos

Almejará tuas mãos em tais seios

Exportará saudade por lágrimas e pêlos

Farás conjeturas de esperanças nos segundos futuros

Mas teu amor não passará por esses muros

Usurpada foi tua carne pela a Dona-do-Escuro

Porém, teimarás com um parvo febril

A morte será pra ti como desejo infantil''

Antes que entregasse mais previsões

Rápido, então, acordei

Antes que eu desse conta do galope de meus pulmões

Rápido, procurei por quem amei

Antes que ao havia dito, peço mil perdões

Rápido, pergunto-me: _Amei?

Com a razão em fiapos

Abusando de meu tato

Certifico-me de um ser ao meu lado

Foi apenas um infeliz sonho

Mesmo que assim encaro ou suponho

Exigirei de mim mais amante que disponho

Então, amei-a como nunca fiz

Percebi em mim, ó mulher minha,

este tal poeta o ser mais Feliz!