Águas que vestem

Veste teu corpo com a água do mar

e me leva contigo pra banhar,

pra combater

as ruinas do viver.

Despi o corpo na luz do luar

pro prateado da paz irradiar

e a alma salvar

até a flor brotar.

Dispa seu corpo ao dormir

pro sonhar atrair,

a alma se resplandecer

até o dia amanhecer.

Deixe sua pele nua

sobre a luz da lua,

pra recordar o nascer

o início do viver.

Deixe no seu corpo o vento tocar

pra pele suavizar

como uma mão a acariciar

despertando a vontade de amar.

E quando as águas se juntarem

ao pranto que derramares

será um pedido do coração

pra apagar as chamas do vulcão,

que no peito surgiu

quando o corpo não se despiu.

No momento do imunizar

o corpo precisa de liberdade

pra se livrar das maldades

e sentir emoção

do ar,da água,do chão

e que os olhos coração

indique a direção,

que os corpos irão se encontrar.

E o amor irá celebrar

e quando dois corpos se unirem

outro ser poderá surgir

e a vida seguirá

como as águas que seguem pro mar.

Simone Garrido
Enviado por Simone Garrido em 21/02/2010
Reeditado em 02/03/2010
Código do texto: T2100269
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.