Não Deixes, Meu Amor, não Deixes…
Que pisem o palco da tua vida
Onde deves brilhar
Pois é junto dessa luz
Que é o teu lugar…
Não Deixes, Meu Amor, não Deixes…
Impor a verdade mascarada dos outros
Sobre a Tua
Possuis um carisma muito belo
E sábio
E a verdade deve ser isso
Sem intermediários
Pura e dura…
Não Deixes, Meu Amor, não Deixes…
Penetrar a dor no teu coração
Envelheceres antes do tempo
És uma Estrela
Demasiado autónoma
Que não merece lágrimas
Mas antes
O calor
De uma vibrante paixão…
Não Deixes, Meu Amor, não Deixes…
Que te roubem os sonhos
Tomem de assalto a razão
Etérea
Por onde costumas viajar
Cada vez que a luz do dia
Te ameaça apagar
Assume que os sonhos
São o teu derradeiro bastião
Aonde ninguém
Nem nada
Além de Ti
Devem chegar…
Não Deixes, Meu Amor, não Deixes…
Usar as palavras daqueles que não te conhecem
E que te usam
Sem te merecer
Que aproveitam
O verbo inicial
Que costumas dar
Quando te sentes a amar
E assim
Cega de sentidos
Deixas-te ofuscar
Ficando depois
A pensar
Que a vida te ultrapassou
Que não a soubeste viver
Como se seguisses num carro
E perdesses o seu controlo
A sua direcção
Errando de destino em destino
À espera do acidente final
Que coloque um fim
Ao teu sofrimento
Sê Rainha do teu destino
A Dona do Dias dos Dias
Assume a Tua Luz
E verás
Que dela tirarás o melhor Provento…
Não Deixes, Meu Amor, não Deixes…