Não Deixes, Meu Amor, não Deixes…

Que pisem o palco da tua vida

Onde deves brilhar

Pois é junto dessa luz

Que é o teu lugar…

Não Deixes, Meu Amor, não Deixes…

Impor a verdade mascarada dos outros

Sobre a Tua

Possuis um carisma muito belo

E sábio

E a verdade deve ser isso

Sem intermediários

Pura e dura…

Não Deixes, Meu Amor, não Deixes…

Penetrar a dor no teu coração

Envelheceres antes do tempo

És uma Estrela

Demasiado autónoma

Que não merece lágrimas

Mas antes

O calor

De uma vibrante paixão…

Não Deixes, Meu Amor, não Deixes…

Que te roubem os sonhos

Tomem de assalto a razão

Etérea

Por onde costumas viajar

Cada vez que a luz do dia

Te ameaça apagar

Assume que os sonhos

São o teu derradeiro bastião

Aonde ninguém

Nem nada

Além de Ti

Devem chegar…

Não Deixes, Meu Amor, não Deixes…

Usar as palavras daqueles que não te conhecem

E que te usam

Sem te merecer

Que aproveitam

O verbo inicial

Que costumas dar

Quando te sentes a amar

E assim

Cega de sentidos

Deixas-te ofuscar

Ficando depois

A pensar

Que a vida te ultrapassou

Que não a soubeste viver

Como se seguisses num carro

E perdesses o seu controlo

A sua direcção

Errando de destino em destino

À espera do acidente final

Que coloque um fim

Ao teu sofrimento

Sê Rainha do teu destino

A Dona do Dias dos Dias

Assume a Tua Luz

E verás

Que dela tirarás o melhor Provento…

Não Deixes, Meu Amor, não Deixes…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 21/02/2010
Código do texto: T2099466
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