O que foi tido?
Nada foi dito
Foram olhares vazios
Com mais significados do que qualquer outro
Desses que o olhar humano foi sempre bendito
E foi de observar que corriam rios
Embaixo dos olhos que motivam meu tempo morto
Eu queria te dizer
Não fique longe toda a noite
Elas são longas quentes e congelantes sem você
Agora é tarde para fazer?
Nem sei de todo o açoite
Fingido só pra tentar mudar os ares
Devoção, já ouvi chamar assim
Mas não sei se tudo é novo ao começar
Não há brigas nem conversas
Só o bater do coração
Rápido, apressado e impreciso
Cores e o mesmo passar
Seu passar por mim
Meu passar de tardes sozinho
É a estrada a percorrer
E o voltar a correr
Por onde estás
Onde fica seu cheiro
Em cada esquina que desfila teu olhar
Vem
Aproxima-te e deixe-me te dizer
És tudo e parte a mais
És parte de tudo que posso conjugar com acréscimos
Decréscimos ou diminuições?
Era o que precisava efetuar em cada segundo longe de ti
Que não seja por medo da mudança
Nosso eterno transformar