Dias de amor
Há dias em que tudo me enrijece...,
até a idade.
Há dias em que disfarçadamente o olho chora
e a carne sobe a gemer inglória,
atrás do que nem mais mereço.
Há dias em que o olhar vagueia
e minhas mãos safadeiam
e tu sorris sobre mim como se me consumisse a verve.
Brancos lençóis entre lívidos instantes
onde a fúria seduz e a pele esquenta
tanto como pimenta
que chega a vomitar sementes e óleos.
Há dias onde o gozo é além de sacrossanto
que eu adormeço e choro e canto.