Ela é sempre como nenhuma outra
Perto do entardecer as coisas vão ficando mais claras
Mesclam-se e perdem-se umas nas outras
Ela vinha e voava e batia suas asas
Era a liberdade expressa que surgia logo atrás
Ela é sempre como nenhuma outra
Asas de borboleta e o seu suave planar
Diziam-me que não era mais preciso fugir
O sol brilhava mais forte, eu quase podia me enxergar
Começar de novo, e ir além disso e sentir
Ela é sempre como nenhuma outra
Mas pense bem na possibilidade de pousar
Era divertido passar a tarde e todo o tempo a observar
Mas pense que o sol ficava cada vez mais forte
Era o medo convertido em vontade de ficar e aproveitar a sorte
Ela é sempre como nenhuma outra
Não era mais a lua bela e nada se equipara
Tudo muda e tudo volta e não consigo mais dizer
Que sonhos tornaram-se realidade e observara
A felicidade escondida num lugar onde nunca ousei ver
Ela é sempre como nenhuma outra
Eu só fingia estar vivo para ser visto
E esse esconder revelou mais de mim do que devia
Mas nem todo azar reside no previsto
O certo ás vezes se mostra só para dizer que existia
Ela é sempre como nenhuma outra
Aquela voz torna a dizer se posso me fingir agora?
De que forma devo tentar esconder tudo e um pouco mais?
Nem mais preciso e a esse trabalho não dedico minhas horas
Contudo preciso sou ao dizer que não omito informações ademais
Ela é sempre como nenhuma outra
O tempo urge, grita e me desespero, ele se esvai
Cada segundo teima em fugir mas não sem antes
Mostrar minha surpresa a cada bater de suas asas ao que peço:-não sai...
Pois ao te ter cada segundo a certeza sussurra como uma criança ao escrever com giz:
- Ela é sempre como nenhuma outra