Ela é sempre como nenhuma outra

Perto do entardecer as coisas vão ficando mais claras

Mesclam-se e perdem-se umas nas outras

Ela vinha e voava e batia suas asas

Era a liberdade expressa que surgia logo atrás

Ela é sempre como nenhuma outra

Asas de borboleta e o seu suave planar

Diziam-me que não era mais preciso fugir

O sol brilhava mais forte, eu quase podia me enxergar

Começar de novo, e ir além disso e sentir

Ela é sempre como nenhuma outra

Mas pense bem na possibilidade de pousar

Era divertido passar a tarde e todo o tempo a observar

Mas pense que o sol ficava cada vez mais forte

Era o medo convertido em vontade de ficar e aproveitar a sorte

Ela é sempre como nenhuma outra

Não era mais a lua bela e nada se equipara

Tudo muda e tudo volta e não consigo mais dizer

Que sonhos tornaram-se realidade e observara

A felicidade escondida num lugar onde nunca ousei ver

Ela é sempre como nenhuma outra

Eu só fingia estar vivo para ser visto

E esse esconder revelou mais de mim do que devia

Mas nem todo azar reside no previsto

O certo ás vezes se mostra só para dizer que existia

Ela é sempre como nenhuma outra

Aquela voz torna a dizer se posso me fingir agora?

De que forma devo tentar esconder tudo e um pouco mais?

Nem mais preciso e a esse trabalho não dedico minhas horas

Contudo preciso sou ao dizer que não omito informações ademais

Ela é sempre como nenhuma outra

O tempo urge, grita e me desespero, ele se esvai

Cada segundo teima em fugir mas não sem antes

Mostrar minha surpresa a cada bater de suas asas ao que peço:-não sai...

Pois ao te ter cada segundo a certeza sussurra como uma criança ao escrever com giz:

- Ela é sempre como nenhuma outra

Alexandre Bernardo
Enviado por Alexandre Bernardo em 19/02/2010
Código do texto: T2095435