DESESPERO
Alguma coisa alterou a luz do sol e fez a paz dizer-me adeus;
E todos os sorrisos que foram meus já não me querem para s;i
Ficou a noite a me ferir com todos os plenos pesadelos seus;
Somente eu e Deus: e eu Lhe pergunto o que fazer e aonde ir!
Eu lhe pergunto a razão dessa amargura tão ingrata;
Por que me mata o sofrimento que eu nunca semeei?
Qual é a dívida que nem mesmo sei e essa aflição que me maltrata?
Por que a indiferença me ataca se todo amor eu dediquei?
Onde estará a explicação para esse mundo que perdeu o chão?
E os estilhaços do meu coração quem poderá lhes reviver?
Águas sem fim agora são o meu sofrer e o meu viver perdeu razão;
Estou sem água e pão – com fome do amor que já não quer me querer!
O amor por quem morri todos os dias da vida que lhe dei;
Por quem renunciei a tudo que julguei deter algum significado;
Que me iludiu ao me dizer amado e cujo paradeiro já nem sei;
Amor que por um outro eu jamais troquei e que sempre amarei desesperado!
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Esse poema está também publicado no youtube em forma de vídeo e pode ser acessado através da URL:
http://www.youtube.com/watch?v=4A0Vm9YZHS8
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