JANELAS DA ALMA

As janelas de tua alma serena,

Teus olhos de um olhar castanho, penetrante

Buscavam nos meus, a todo instante,

A confirmação do amor que a ti jurava.

O meu amor fugaz, eterno passageiro,

Não soube, como o teu, criar raiz,

De amor em amor, eu fui feliz,

Pela vida, eterno caminheiro.

Inesquecíveis, teus beijos ardentes,

Que busquei, em vão, em outras bocas,

Companheiras suaves, às vezes loucas,

Nas quais depositei o fluido do amor por ti.

Teu corpo lindo que eu não conheci,

Perfumoso, ardente, inebriante,

Ainda penso nele com ternura,

Assim como em teus olhos, eterno diamante,

Tristes, ao ver eu me afastar de ti.

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Para GG