VERBO BRASEADO

Eu recebo do meio das tuas coxas

uma ametista de tesão,

me deleitando de tal maneira

que anjo ou escravo

permaneço desacertando o tempo

numa conta que novesfora o quando

Cada passo de tango deslizado

na teu encalço desloca uma estrela

do mapa do pirata

como posso arrancar a confissão da minha sombra

se no céu planam olhos que me 'spionam o sonho?

Seja como for, as carências do amor

me chamam o vampiro,

eu chego - na mão a guitarra passareda

ecoando verbo braseado

que assaudada o presenteio

do teu bosquear de mulher