Na sua teia
Como na angustiada batida do meu coração que te esperava,
Rompia-me a pele nas brasas das lágrimas que eu derramava.
Gotas efervescentes e frias, supostas gotas de um indesejar,
Verdadeiras gotas de um desejo incontrolável de te encontrar.
Flutuando em meus desvarios, nas vezes que pude esquecer,
Senti uma leveza no intímo mesmo sem algum sentido pra ser
Um pouco mais que um corpo esguio pra alimentar sua chama,
E inconsequente, eu fui feliz na superfície insólita da sua cama.
Superei todos seus dóminios pra atingir o átrio remanescente,
De um tempo em que floria na pele, a sua paixão adolescente.
Construí alguns castelos de areia, mas não à meu proprio favor,
Fui só uma vítima na sua teia, acreditando ganhar teu amor.