À prova de amor
Preso sempre ao que me passa no viver
E sentir minha desistência na pele.
Sentir fracas as forças, morrer...
Onde se escondeu minha liberdade de escolher?
Colher pragas do que plantei na vida
No regresso breve, nesta dor sem partida!
Sempre estarei a espera do que não me chegará
Acudido a proteção de por amor não lutar.
Cabe-me rendição ao que sinto!
Declarar-me ao peito meu, ser assim
E motivo encontrará para que me ame.
Sejas perfeita para mim, enfim.
Difícil é compreender na solidão!
Acreditar ao que ninguém me diga;
Fraquejo solitário, sem compreensão
Quem me tirará disso?