Onde estavas…?
Na sabedoria
Dos povos antigos
De certo tipo de palavras
Fechadas
Caladas
Nos interstícios delas
Sem saber se irás entender
Digo que Te Amo
Digo que senti Ti
Me sinto quase Nada…
Nos meus olhos
Onde em certos dias predomina uma opacidade
Nota-se a impossibilidade de comunicação
Mas também
Toda a minha latente humanidade…
Na madrugada
Onde tive a coragem
Ébria
De abrir e ler a tua carta
Desconhecendo se anunciava a tua vinda
Temendo
Que fosse
Mais uma despedida…
Naquele beijo que te dei
Sentindo que tinha dado tudo de mim
Fi-lo com hesitante convicção
Ficando
Apenas
Com uma vazia paixão…
No segundo exacto
Que por fim me calei
Senti que te aproximavas
Mas francamente
Nunca cheguei a saber
Onde estavas…