A COR DA LUZ
Entre a Via Láctea...
Na retina de vidro descompassivo habitas.
O caminho reflete o fóssil, as estrelas.
Luz morta...
Contemplo absorta; as desgovernadas formas,
O brilho, a primazia.
Um fitar corriqueiro!
O tiro certo de um olhar domado.
Em devaneios longos, respiro os sonoros símbolos...
Que repetem cegos os tiques taques viciados.
E no canto doce do prelúdio... vacilam fatigadas lembranças...
Planam no vazio ao sabor terreno, as mitológicas criaturas...
Porções dormentes, luas, feiticeiras.
No vôo súbito me enterneço...
Saltitam leves, frágeis, dissimuladas...
Lépidas borboletas... Contornam com mágicas venenosas palavras.
Fundindo-se em cores... Reluzem a semiótica.
Que de tão fatigadas caem ao pó do vento.
Ao tempo da luz.
Os raios ouro... Tingem de negro.
O som vibrante, as vozes antológicas...
Ecos algemados... Invisíveis prisões.
Traiçoeiras, lacônicas verdades.