companheiro dileto

meu companheiro é você,

meu poema,

mal feito, caduco,

insano, blasé,

sem sabor, sem valor,

inodor, leviano

mas aquele que chega

e me faz companhia

é de noite, é de dia,

me escuta e me fala

quando você se cala

eu me perco e não sei

se pareço o defeito

que só você não vê

companheiro dileto

a você meu afeto

nunca posso negar

me acompanha no bar

quando janto sozinho

me apresenta o vizinho

que não gosta de mim

vê o filme comigo

e depois me explica

cisma que tenho banca

pra ganhar uma loura

bem mais nova que eu

nisso sempre perdeu

mas é o grande amigo

o parceiro querido

que me aconteceu

companheiro dileto

a você meu afeto

nunca posso negar

meu poema e meu teto

sem você meu abrigo

vai ficar na intenção...

Rio, 11/02/2010

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 12/02/2010
Reeditado em 12/02/2010
Código do texto: T2082707
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