Á Isabel
À Isabel Augusta (minha metade)
Porque é uma deusa que me conduz
Tenho a vida cheia de luz
E não há trevas no meu caminho.
Sigo no tempo, de passo certo,
Ainda que esse tempo esteja perto
De um findar que já adivinho.
Os anos passam, não perdoam
E os meus parece que voam,
Depressa chegarão ao fim.
Serei pó, erguido ao vento
E para além do pensamento
Nada mais terás de mim.