Deglutindo-te...
Não te quero apenas por querer,
como mercadoria colorida à prateleira de um simples botequim,
cheio dos olhares descompromissados, de mofo e de cupins,
e nada além do olhar que se aproveite vendo-te.
Não te quero consumida pela minha fome de homem,
essa que já nasceu gorda dentro dos meus olhos
e que adora dormir com os teus desejos,
onde me cabe homem ou lobisomem ou santo!
Quero-te perfumada sob o meu lençol,
fogosa e bela e bem trelosa e viva,
muito bem lembrada e nunca esquecida,
atenta ao meu amor e sendo bem beijada!