Saio pela manhã, e ando por ruas; jovens ruas
De um bairro jovem, com casas de tintas cruas.
É meio da semana, e crianças; são as tuas
Iguais as minhas: Sorrisos, gritos e canduras!
Atravesso pombais de época, que aqui não são iguais
Aos que eu via lá no cais, aqui são pombos gris!
Frágeis conjuntos de penas e alvoroço e sem mais
Quebram-se ao menor encontro com os tais;
Veículos de utilidades, que mais me parecem sinais
De quão é inútil; este sofisma do útil, para os iguais!
No detalhe do portão, na síntese do jardim e nos murais
De pedra madeira, tenho a certeza; que por demais
Que exista o credo no conjunto do igual social, jamais
Teremos casas e jardins, pombos e crianças iguais!