Tenho fé na humanidade, esta que tece das manhãs as tardes
A teia da caridade, deslocando sentimentos congruentes
Para um mesmo tento. Liras nobres, andarilhas sem alardes
Quem as vê; vê o rosto e não a face ditosa destas gentes;
 
Que no metrô é um entre tantos outros rostos tementes
Que no mercado é aquele, que cede e aguarda sorridente,
Que no lar, exalta a beleza e agradece a vida que o faz servente
Ação de deus! Assim digo destas gentes, irmãos meus, doces valentes!
 
Herdeiros do tempo vindouro, colhedores do trigo que latente
Aguarda entre joios e espinhos! Estas gentes: Fieis amantes,
Do amor que se avizinha; gente que de si não sabe, e não faz... Delirante
 
Reclamos para um pai, encastelado; servidor de escolhidos diletantes,
Filhos tolhidos, entre o ser doador ou recebedor do triunfo alarmante!
Tenho fé, na gente simples que ama e é amado, que recebe e doa mansamente! 
 

Olimpio de Roseh
Enviado por Olimpio de Roseh em 09/02/2010
Reeditado em 10/02/2010
Código do texto: T2078306
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