Espelho...

Sou poeta bem sabes,
por mais dificil que isto lhe pareça!
Mas o que escrevo nem sabes o que é!
Com as mãos tremulas,
olha com olhos ansiosos,
os versos então dispostos,
um após outro, com outros após!
Lês quando falo de cabelos sedosos,
olhos amendoados cerrados,
bocas com lábios carnudos avermelhados,
tez macia aveludada!
Lês sobre sensações provocadas...
Pelo que lês em minhas poesias,
trêmula, formula ciúmes em teu peito,
irada, lágrimas a teus olhos transportas!
Confusa, nem questiona as sensações expostas...
Fique certa,
tens nas mãos apenas um espelho,
que reflete o que levo comigo:
Sensações, sentimentos, sentidos,
passados sob o crivo de meus dias,
dias que tenho passado contigo!
Será que a minha poesia é tão mal feita,
que você nem se vê, nem se nota,
refletida nela?
Ou na outra, ou naquela?

Edvaldo Rosa
13/06/2007
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