PECADO

Pedaço gigantesco de delírio que caminha;

E que sozinha consegue ser capaz de imobilizar o universo;

Brilho em excesso que à perturbação me encaminha;

Toda atenção a si aninha e torna o raciocínio disperso!

Um rio de cio que alaga cada metro palmilhado;

Um sonho encantado e que promove incendiários pesadelos;

Suas ancas são apelos, seu olhar é um crime disfarçado;

É o próprio pecado, de longos cabelos e lindos seios!

Quando me olha meu corpo incendeia inteiramente;

Tem face de macieira inocente, mas seus poderes são de bruxa;

O seu andar parece que me puxa e me provoca impiedosamente;

Por ela queimo de desejo ardente, tornando quente até a fria ducha!

Ando suspeitando que a missão dessa mulher é me desconstruir;

Que quando veio a existir era meu tombo já traçado;

Será que é meu carma erotizado? Ou do orgasmo o sumo elixir?

Não sou capaz de definir, só sei que tem me torturado!

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