URSA MAIOR


Sutil brilha no azul infinito

cintila entre nuvens grávidas de amor,

perto dos deuses, querubins e serafins,

onde a vida sem tempo tange o crepuscular

nos píncaros distantes.

Miro embevecido teu rastro de luzes.

rasgando o céu claro e celestial,

Ah, minha alquímica estrela rogo tua proteção

entre santos, bruxos, puros e impuros

com sons os do universo.


Testemunha de fugazes paixões,

quantas vezes na calada da madrugada,

suplicante de afeto e carinho,

foste amiga confidente de breves murmúrios

no ímpeto das ilusões para afagar

meu coração carente.


Estrela mulher que lança um olhar fagueiro

no ímpeto dos devaneios como uma escultura simétrica

na fogueira das ilusões.

Fonte superior de inspiração poética

sussurra aos meus ouvidos

versos ardentes queimando no peito

a dor da saudade.


Refletes no perpassar lembranças

que ficaram guardadas com vigor e emoção

no cenário das quimeras

de múltiplos desejos e versos que trazem

a nítida imagem da tua beleza

gravada na retina dos meus olhos


Deixa que eu perceba tua presença

no girar das horas a melodia de muitas notas

asilo de meu corpo sôfrego

para abrigar-me no teu doce ventre.


Oh, Deus! Como guardo no meu interior

As últimas palavras sussurrantes

Que falei...mirando a estrela,

distante da mulher amada.

Eu te amo!
Paulo Avila
Enviado por Paulo Avila em 09/02/2010
Código do texto: T2077410
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