Enquanto não mordo outra maçã
Nada a cobrar, nada a reclamar
Por hora, ficam ternas lembranças
Ao menos até amanhã,
Ao menos no transcorrer da aurora
Enquanto não mordo outra maçã
O gosto adocicado de nossos passeios.
Ilusões de Pasárgada
Dos profusos cafés matinais
As pisadas calmas na areia
Daquelas tantas praias setentrionais
Ah, e os ardores de nossa cama
Em que trememos vertendo lágrimas...
Nada a reclamar, nada a cobrar
Nem ficou dúvida, nem ficou mágoa
E o transcorrer dos dias
Dilacera, sem raiva, até as recordações
Tudo passa indelével
Nesta passageira vida iluminada
Em que há de imperar, por fim, o fim.