Primavera à vista.

Palavras ditas,

pétalas retiradas,

e assim despes meu corpo e minh'alma.

E, assim despida,

ando esperando pelo dia,

o tal dia que me tomou toda a calma.

Cada frase é uma carícia,

cada segundo, derrama-se a delícia

e o desejo de te encontrar, de te rever.

E, ao te ter nas mãos, cravo vermelho,

despetalar-te-ei por inteiro,

e deixar-me-ei despetalar para o teu prazer.

Cada dia passa,

e aproxima-se o tempo da graça:

a primavera, onde as flores hão de se unir.

Eu aguardo ansiosa esse tempo chegar,

sem saber como será até lá,

sem saber se haverá primavera a surgir,

sem saber se o cravo por ali chegará.

Até lá, ficam as palavras, e o sonho

da primavera e do cravo vermelho aparecer

com sua beleza e graça,

que já a alma inebria e transpassa

e o corpo, na primavera, há de ter.

Thaís Soledade
Enviado por Thaís Soledade em 08/02/2010
Código do texto: T2075480
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