O Rei da Selva

Estive a sonhar

O fogo a queimar

O carvão aceso na noite

A fagulha do coração

Seu corpo a me abraçar

Nua

Sua

O descanso ao luar

Do cobertor branco

Verde o mar

Verde o seu olhar

Mesmo na escuridão da noite

As esmeraldas plantadas no rosto

Garimpadas em agosto

Da sua existência

Um felino caçado

Nas ruas do Rio

Solto, sem laço

Escorregadio

Quero te dar

Mais que meu gozo

A se espalhar no coito

Mais que essa aventura

Confusa de verão

Quero o carvão

A incendiar a brasa

Do seu coração

Quero te amar

Com a brisa da tarde

Com a lua amarela

Das manhãs de domingo

Quero abrir uma fresta

Da janela do seu caminhar

Penetrar

Na cortina lacrada

Do seu mar amar

Quero ser a princesa perdida

Na sua imaginação delirante

Resgatada

Pelo meu cavaleiro andante

Quero o Rei da Selva

Manso

Nos meus braços

A caçar o amor

Na minha cama

Rio de Janeiro, 5 de janeiro de 2005

Katharina Vaz
Enviado por Katharina Vaz em 08/02/2010
Código do texto: T2075283
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