Na beirada do mundo
Sentei-me às margens da estrada,
olhei o sol deitando-se em leito de paz,
busquei em mim mesma o sentido de tudo,
respostas às questões que a vida sempre traz.
Voltei luz a descansar no respirar do mundo,
senti seus pulmões em profunda quietude,
o nada tornou-se tudo, completo, grão absoluto
no apogeu da lua que abraçava a terra em plenitude.
Toquei a boca em línguas que ecoavam canções,
os lábios quentes beijavam o corpo vestido de luz,
conheci o amor recriado nos sonhos de minhas visões
e assim renasci na paixão contrita que os homens conduz.
26/06/2006