Uma Forma Muito Própria de Dizer Que Te Amo…
Nas coisas sempre secretas
Que sinto
Que faço
No ar que respiro
No meu amor
Pelo espaço
Pelo incompreensível
Pelo que não tem explicação
Porque demasiadas vezes
Sinto o bater
Não de 2
Mas de 1
Coração
Na minha diferença
No meu orgulho
Por ser único
Na minha simplicidade
Que bastas vezes
Disfarço
Com uma densa teia
De intrincadas
Complexidades
Para proteger
A minha ingenuidade
Natural
Para disfarçar
A minha capacidade
De não fazer
Nem causar mal
Numa sociedade
Onde o belo predomina
E uma forma de agressividade
Implícita
É venerada
Que todo o meu ser
Abomina
Porque sou
E serei sempre igual
À criança que nasceu
Diferente
Por sentir mil vezes
O seu sentir
O sentir da gente
E assim sou
Na vida
Assim sou no amor
Sem pátria
Sem nacionalidade
Definida
Perenemente
Capaz de curar
Qualquer tipo de ferida
De ressuscitar
Da morte mental
Que muitos me anunciaram
Porque sou Eu
Simplesmente Eu
O Amante tolo das Estrelas
O ser que nasceu com asas
Que lhe permitem sonhar
Sou Eu
Que Te Amo
Desde o primordial adormecer
Ao adiado acordar
Sou Eu
O iletrado
O inculto
O nada
Que tento fazer
O Poema Perfeito
Com o qual
No Dia dos Dias
Sonho a Ti Chegar
Sou eu
O excluído
Feliz
Sou Eu
Que mesmo
Que nunca me queiras
Te estimarei
E sonharei
Pelo infinito fora
Estar
Contigo…