Promessas

Quando jurei arrancar do meu peito

tantas promessas que um dia lhe fiz,

jamais supus encontrar algum jeito

que nos abrisse nova cicatriz.

Foram as juras de amor já desfeito

que me puseram, assim, por um triz,

vendo a tristeza deitar-se no leito

onde há pouco fazia-me feliz.

Nós nem sabemos de quem foi o erro

que nos levou a pedir o desterro

dessa tortura que há tempos invade.

Pois é tortura jurar, se não posso,

cumprir aquilo, meu bem, que era nosso,

mas que a distância deixou na saudade!...

(Caicó-RN, 2010.)

Ieda Lima
Enviado por Ieda Lima em 07/02/2010
Reeditado em 07/02/2010
Código do texto: T2073682
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