Promessas
Quando jurei arrancar do meu peito
tantas promessas que um dia lhe fiz,
jamais supus encontrar algum jeito
que nos abrisse nova cicatriz.
Foram as juras de amor já desfeito
que me puseram, assim, por um triz,
vendo a tristeza deitar-se no leito
onde há pouco fazia-me feliz.
Nós nem sabemos de quem foi o erro
que nos levou a pedir o desterro
dessa tortura que há tempos invade.
Pois é tortura jurar, se não posso,
cumprir aquilo, meu bem, que era nosso,
mas que a distância deixou na saudade!...
(Caicó-RN, 2010.)