(I) racionalidade
 
 
Tua pele, do corpo, a única veste.
Nos tantos delírios, os mais profanos,
sem lisura, ou algo que conteste,
os pensamentos, os menos puritanos...
 
Se, não somos feitos aos pedaços,
deixemos toda nossa razão estagnada.
Pelo impulso, envolto em teus braços,
rendo-me. Farei em ti, minha morada.
 
Ávido, sorvo gota a gota, o sabor,
na tua boca vermelha, da saliva bruta;
de mim, ao invés da vitória, a derrota.
 
Aos apelos da libido, na total escuta;
ao puir o corpo, num prazer desmedido,
quero tombar, sem forças, já vencido...
 
Oswaldo Genofre
Oswaldo Genofre
Enviado por Oswaldo Genofre em 06/02/2010
Reeditado em 07/02/2010
Código do texto: T2073270
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