Em seus passos encerram-se os dias.
Em seus passos encerram-se os dias.
Passos que vem e que vão.
No remanso da noite são ouvidos.
Como o cantar triste dos pássaros que não puderam acompanhar seus bandos.
Homens feriram suas asas.
A revoada foi-se e eles permaneceram.
Ficaram sós apenas com seus ecos d´alma.
Do bater de asas se distanciando.
Com a visão da hamonia na composição da partida.
com a nostalgia da ausência e da solidão.
Sinto-me tão só, um vazio denso me corrói.
Um desejo imenso de trancender de amor.
De transpor barreiras,
De alçar vôo e ir de encontro a felicidade.
Deleitar-me nos afagos de ardentes beijos.
Beijos repletos de paixão e amor.
Insaciáveis bocas que não se contentam apenas em se tocarem.
Querem transportar-se, fundir-se.
E pronunciam doces palavras que fazem tremer os corpos.
Sublimes e eloquentes se completam unicamente.
Alma à palma de suas mãos.
Quando um dos punhos gira o outro prontamente acompanha.
Oh cumplicidade e companheirismo tão sonhados.
Por que escondem-se de mim tão injustamente?