Em seus passos encerram-se os dias.

Em seus passos encerram-se os dias.

Passos que vem e que vão.

No remanso da noite são ouvidos.

Como o cantar triste dos pássaros que não puderam acompanhar seus bandos.

Homens feriram suas asas.

A revoada foi-se e eles permaneceram.

Ficaram sós apenas com seus ecos d´alma.

Do bater de asas se distanciando.

Com a visão da hamonia na composição da partida.

com a nostalgia da ausência e da solidão.

Sinto-me tão só, um vazio denso me corrói.

Um desejo imenso de trancender de amor.

De transpor barreiras,

De alçar vôo e ir de encontro a felicidade.

Deleitar-me nos afagos de ardentes beijos.

Beijos repletos de paixão e amor.

Insaciáveis bocas que não se contentam apenas em se tocarem.

Querem transportar-se, fundir-se.

E pronunciam doces palavras que fazem tremer os corpos.

Sublimes e eloquentes se completam unicamente.

Alma à palma de suas mãos.

Quando um dos punhos gira o outro prontamente acompanha.

Oh cumplicidade e companheirismo tão sonhados.

Por que escondem-se de mim tão injustamente?

Teresa Azevedo
Enviado por Teresa Azevedo em 04/02/2010
Código do texto: T2069726
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