Com Mim
Quero recostar meus ombros leves
Tiraria se pudesse o cabelo tão velho
Pintaria o rosto de branco sem voz
Findaria de todo com o pensamento flutuante
Livre de mim mesmo, viajaria
Quando as últimas folhas do outono caíssem
Acordaria novamente, nova e feliz
Só assim sem dejetos do pensamento de outros
Estaria pronta para lhe entregar minha mão
Vestida de branco azul cinza, vivo
Despertaria sem sobressaltos à luz do sol
Para eternizar-lhe em vôos distantes
Enganando o tempo ao tempo da alma
Quando menos esperasse o proibido seria lindo
Olhando no espelho certamente nada mudaria
Sobre os lençóis brancos deitaria meu corpo
Seria o cobertor para teu desejo límpido
Os pássaros estariam novamente cantando
Enquanto era a leveza dos mesmos lábios
Um aroma de gente de vontade
Ah! O dia virá para ver-me ser novamente
E pela profecia o vagabundo o mundo vai acabar
Leve instante que na realidade utópica
Algo de menos anormal brotaria da alma
E por incrível se pareceria mais com mim