Meu Amor, não precisas, Meu Amor, não precisas…

De olhar o sol com uma peneira

Olha-o de frente

Sem nada temer

Pois estarei à tua beira…

De recear as sombras

Que eu sei que nunca serás uma delas

Irradias uma aura

Que te protege

E que faz de Ti, de todas a mais bela

De chorar

Pensando demasiadas vezes

Que nunca pararás

E que a vida foi consumida pelas amarguras

Que a vida te ultrapassou e ficaste para trás

Estás muito à frente do tempo

E por isso o futuro chegará até Ti

E duma forma nobre te sorrirá…

De procurar o motivo

A razão

A causa

Das monções

Da estação das chuvas

Que demasiadas vezes te aflige

A mim acontece-me o mesmo

E aprendi a sobreviver

Nessas estações outonais

Que passam, passam sempre

E enquanto não passam

E mesmo depois

Eu estarei convictamente contigo

Por isso não precisas

De temer partir

Sem saber se irás regressar

Eu sei que voltas

Pois junto ao que somos

É o teu real

E natural Lugar…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 04/02/2010
Código do texto: T2069010
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