Meu Amor, não precisas, Meu Amor, não precisas…
De olhar o sol com uma peneira
Olha-o de frente
Sem nada temer
Pois estarei à tua beira…
De recear as sombras
Que eu sei que nunca serás uma delas
Irradias uma aura
Que te protege
E que faz de Ti, de todas a mais bela
De chorar
Pensando demasiadas vezes
Que nunca pararás
E que a vida foi consumida pelas amarguras
Que a vida te ultrapassou e ficaste para trás
Estás muito à frente do tempo
E por isso o futuro chegará até Ti
E duma forma nobre te sorrirá…
De procurar o motivo
A razão
A causa
Das monções
Da estação das chuvas
Que demasiadas vezes te aflige
A mim acontece-me o mesmo
E aprendi a sobreviver
Nessas estações outonais
Que passam, passam sempre
E enquanto não passam
E mesmo depois
Eu estarei convictamente contigo
Por isso não precisas
De temer partir
Sem saber se irás regressar
Eu sei que voltas
Pois junto ao que somos
É o teu real
E natural Lugar…