O Amor…(II)

Não tem que ser um grito na noite

De lânguido sentido

Solitário

Pode e deve ser

Porto de abrigo

Não tem que ser carência

Profunda ausência

Infame estado de espírito

E carnal

Tem que ser

Algo de bem real

Não tem de ser uma obra de uma vida

Ou um poema

Pode ser apenas uma palavra

“Amo-te…”

Daquelas que valem por mil

Daquelas que valem realmente a pena

Não tem que ser um Universo Inteiro

Pode ser Uma Simples Estrela

A brilhar por quem está apaixonado

Uma luz que livra das sombras

E que é por isso

Inquestionavelmente bela

Não pode ser Nunca

Dor

E apenas isso

Tem que ser prazer

Tem que ser um campo infinito de afectividade

Onde os nossos sonhos

Se possam tornar tangíveis

E com isso

Se ganha

Uma espécie bem própria

De

Eternidade…

O Amor…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 04/02/2010
Código do texto: T2068506
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