O Amor…(II)
Não tem que ser um grito na noite
De lânguido sentido
Solitário
Pode e deve ser
Porto de abrigo
Não tem que ser carência
Profunda ausência
Infame estado de espírito
E carnal
Tem que ser
Algo de bem real
Não tem de ser uma obra de uma vida
Ou um poema
Pode ser apenas uma palavra
“Amo-te…”
Daquelas que valem por mil
Daquelas que valem realmente a pena
Não tem que ser um Universo Inteiro
Pode ser Uma Simples Estrela
A brilhar por quem está apaixonado
Uma luz que livra das sombras
E que é por isso
Inquestionavelmente bela
Não pode ser Nunca
Dor
E apenas isso
Tem que ser prazer
Tem que ser um campo infinito de afectividade
Onde os nossos sonhos
Se possam tornar tangíveis
E com isso
Se ganha
Uma espécie bem própria
De
Eternidade…
O Amor…