A Flor primeira
No rosto a leve brisa
Nas mãos ternas carícias
Tens no olhar o brilho sem malícias
Fortes batidas que um coração sincroniza.
Nos passos ritmados da menina,
O Céu muda de cor, o sol tem que se por.
A lua escondida em seu encanto ensina
Que o toque da menina enlouquece e fascina.
No sorriso debochado da moleca
Delírios e ensejos por seus beijos,
Mancebos vão ao Céu como em rapéu
Seus corpos são vulcões em erupções.
Nem sabe o que é capaz essa pequena
Vai por aí sorrindo do destino
Seu mundo tem a cor e maciez de um ninho
Traz em sua boca o cheiro de açucena.
Hormônios seus sinônimos bem marcantes
Requebros nos quadris olhares ofegantes
Viaja Céu e mar tudo em instantes
Deixa o luar e a terra excitantes.
Menina faceira travessa e fagueira
Vives teu encanto vestida em teu manto,
Esconde-te da dor e do pranto,
Seja a Flor Primeira de uma vida inteira.
Goretti Albuquerque.